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8. Emor

BS’D

Kol Hamoshiach

PARASHAT EMOR

Conteúdo da Parashá:

Þ  Os cohanim recebem a ordem de não se tornarem tamé (tornar-se impuro, profanar-se, manchar-se) pelo contato com os mortos

Þ  Um cohen deve se tornar tamé (tornar-se impuro) para seus parentes próximos e para um Met Mitsva

Þ  Casamentos proibidos para o cohen

Þ  A honra devida ao Cohen

Þ  Um cohen deve ter cinco qualidades para servir como sacerdote

1 – A sabedoria

2 – Aparência bonita

3 – Força física

4 – Riqueza

5 – Idade - Maturidade

Þ  As leis específicas do Cohen Gadol

Þ  Fatores que desqualificam um Cohen para o serviço

Þ  Pessoas para as quais a Terumá está proibida

Þ  Condições necessárias para que um animal seja apto para o Sacrifício

Þ  A proibição de sacrificar no mesmo dia uma mãe e sua cria

Þ  A proibição do Chilul Hashem (profanação do Nome Divino)

Þ  Quidush Hashem/A mitsva de Santificar o Nome Divino

IAMIM TOVIM / AS LEIS DAS FESTAS

Þ  Shabat

Þ  A festa de Pessach

Þ  Minchat Haomer/ A oferenda comunitária de cevada no segundo dia de Pessach

Þ  Sefirat haomer/A conta dos quarenta e nove dias entre o Omer e Shavuot

Þ  A festa de Shavuot

Þ  O Iom Tov de Sucot

Þ  Morar na Sucá

Þ  Arba Minim/As quatro espécies

Þ  Há Mecalel/O filho do egípcio que blasfemou o Nome Divino

Þ  Duas halachot especiais com respeito à blasfêmia

A Parashá Emor nos ensina que convém contar os dias que separam a festa de Pessach da festa de Shavuot, o período do Omer. O texto diz: “São sete semanas inteiras”. Esta é aparentemente uma estranha contradição. Sete semanas fazem 49 dias. Porque então se pede para contar de 50 dias? Além do mais, contamos na verdade 49 dias, já que 50o é a festa de Shavuot. O que devemos pensar disso?

Nossos textos nos ensinam que cada dia do Omer corresponde a uma realização espiritual. Deste modo, os 49 dias correspondem, cada um, a um dos atributos do homem. Cada dia que passa, Ele nos incumbe de ratificar, de espiritualizar este atributo para torná-lo capaz de receber a Revelação Divina no Monte Sinai, na outorga da Torá. Entretanto, há níveis que o homem, apesar de todos os seus esforços, não consegue alcançar sozinho. Vem o 50o dia: é justamente o 50o nível, o da Revelação, que faz parte da escada que devemos galgar; mas que não contamos porque é D’us que o da para nós. Nos incumbe saber que o que D’us da chegará no seu devido tempo.

MIDRASH

Todo o Clal Israel recebeu o mandamento de ser santo. Mas os cohanim devem observar leis de santidade que vão além daquelas que se aplicam ao restante da nação, porque eles cumprem o serviço de Hashem na Sua santa Casa, o Beit Hamicdash.

Casamentos proibidos ao cohen

A Torá proíbe ao cohen o casamento com uma das seguintes mulheres (estas leis continuam vigentes nos nossos dias).

§  Chalala/A filha de um cohen (ou de um cohen Gadol) que nasceu de uma união proibida: por exemplo, uma filha que nasceu do casamento de um cohen com uma zona ou uma guerusha.

§  Zona/Uma mulher que teve relações proibidas.

§  Guioret/Uma convertida. Ele só pode casar com uma mulher judia de nascença.

Qual é a razão pela qual a Torá impõe limites ao cohen na escolha de sua esposa?

Os pensamentos de um homem são influenciados por sua esposa e, em grande parte, dirigidos a ela. A pureza e a santidade do cohen se situam além da do povo. Portanto, a Torá quer que ele case com uma mulher cuja origem e passado não têm defeito para estar segura que não será perturbado na sua santa missão por uma esposa cuja concepções estariam abaixo do seu nível.

Se um cohen tivesse casado com uma mulher que fosse proibida para ele, o Beit Din o obrigava a se divorciar.

A filha de um cohen que cometesse adultério estava condenada à morte pelo fogo. Pelo mesmo pecado, a filha de um homem que não era cohen era levada à morte por estrangulamento (chenec), pena menos severa. Se a filha de um cohen pecava, profanava a honra da quehuna já que seu pai era um homem santo, que servia no Beit Hamicdash. Consequentemente, seu pecado era mais grave.

A honra devida ao cohen

A Torá nos ordena dar precedência ao cohen em todos os assuntos comunitários. Por exemplo:

§  Num banquete, um cohen é servido primeiro,

§  Quando um pequeno grupo de pessoas vai lavar as mãos para uma refeição, ele passa primeiro,

§  Outorga-se-lhe a honra de fazer a bênção sobre o pão,

§  Ele é escolhido de preferência para fazer o zimun (introdução às ações de graça após a refeição que três adultos fizeram juntos),

§  Ele é chamado na Torá primeiro, o levi o segue e o simples israelita vem depois.

Ao demostrar aos cohanim sinais de distinção, honramos o Todo-Poderoso que os escolheu como servidores.

Minchat Haomer/A oferenda comunitária de cevada no segundo dia de Pessach

Ao lado dos sacrifícios de Mussaf de Iom Tov, uma oferenda comunitária de omer era trazida no dia dezesseis de Nissan, segundo dia de Pessach.

Ela consistia de um omer (medida equivalente a cerca de 5 libras) de farinha de cevada misturada com óleo e incenso. Era acompanhada de um cordeiro oferecido como sacrifício de olá. O omer devia ser oferecido “no dia seguinte ao Shabat” (23:10). De acordo com o que observa a Tradição Oral, “shabat” é dito aqui para “Iom tov”, significando que ele era trazido no dia seguinte ao primeiro dia de Pessach.

Sefirat haomer/A contagem dos quarenta e nove dias entre o Omer e Shavuot

É uma Mitsva contar quarenta e nove dias a partir da oferenda do omer, no dia dezesseis de Nissan. A mitsva consiste em contar ao mesmo tempo o número de dias e o número de semanas, como diz a Torá: “Serão contadas sete semanas completas.”

Qual é o sentido profundo desta contagem?

Quando os Bnei Israel foram resgatados do Egito, Moshé lhes disse que iam receber a Torá no final de quarenta e nove dias. Na sua expectativa pela doação divina, cada Judeu fez a sua própria conta até o grande dia. E depois, a conta foi instituída por Hashem como mitsva permanente.

A Torá nos ordena contar sete “semanas perfeitas” (23:15), aludindo ao fato de que durante esse período, temos um dever específico de nos purificar e de nos desfazer de tudo que é um entrave à nossa relação com Hashem.

Em cada um dos quarenta e nove dias da Sefira, o Todo-Poderoso revelou a Moshé um novo grau de compreensão da Sabedoria Divina; o quadragésimo nono dias, Moshé estava próxima do Entendimento divino. O qüinquagésimo grau ficou oculto para ele por se situar além das capacidades de entendimento humano.

NUNCA É TARDE DEMAIS

14 de Iiar

É conhecido como Pessach Sheni (‘Segundo Pessach’). No ano seguinte ao Êxodo, D’us ordenou ao Povo Judeu celebrar Pessach no deserto. Entretanto houve alguns que se queixaram por terem se tornado ritualmente impuros, não estando assim aptos para se purificarem a tempo e para oferecerem seu sacrifício Pascal (Número 9). D’us disse a Moshe que eles teriam uma segunda chance para oferecerem seu sacrifício, em Iiar 14 (um mês após o 14 de Nissan, quando o sacrifício Pascal é trazido normalmente). Isto foi aplicado até a interrupção dos sacrifícios, quando o Segundo Templo foi destruído, em 70 da era comum. Alguns ainda têm o costume de celebrar o dia comendo matsa.

18 de Iiar – LAG BA OMER

O 33o dia da contagem do Omer se celebra como um feriado. Há duas razões para isso:

1)  Entre Pessach e Shavuot, num ano do início do segundo século, 24.000 discípulos do Rabi Aquiva (o maior Sábio do povo judeu no período da Mishná) morreram por não se respeitarem suficientemente uns aos outros. Portanto este período é uma época de semi-luto (não se fazem casamentos, etc.) No 33o dia (“LaG” = 33) do Omer, eles deixaram de morrer mais.

2)  Um destacado discípulo tardio de Rabi Aquiva, Rabi Shimon bar Iochai, Sábio da Mishna e autor do Zohar, principal obra do misticismo judaico (Cabala), faleceu. Tendo cumprido sua missão neste mundo, ele pediu para que o aniversário fosse celebrado como um dia feliz.

As crianças têm o costume de brincar com arco e flecha, e são levadas para excursões nos parques ou no campo. Em Israel, se acendem fogueiras gigantes na noite prévia.

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